Língua, idioma e dialeto. Possivelmente você já deve ter
ouvido falar sobre os três termos, não é mesmo? Expressões comuns na
Sociolinguística – área da Linguística que estuda a relação entre a língua e a
sociedade – esses elementos apresentam diferenças significativas entre si, as
quais veremos agora. Boa leitura e bons estudos!
Diferenças entre língua, idioma e dialeto:
Língua: A língua é, sobretudo, um instrumento de
comunicação, e é essa a sua maior finalidade. Ela pertence aos falantes, que
dela apropriam-se para estabelecer interações com a sociedade onde vivem.
Quando dizemos que a língua é um instrumento do povo, dizemos que, embora
existam as normas gramaticais que regem um idioma, cada falante opta por uma
forma de expressão que mais lhe convém, originando aquilo que chamamos de fala.
A fala, embora possa ser criativa, deve ser regida por regras maiores e
socialmente estabelecidas, caso contrário, cada um de nós criaria sua própria
língua, o que impossibilitaria a comunicação. Na fala encontramos as variações
linguísticas, que jamais devem ser vistas como transgressões ao idioma, mas sim
como uma prova de que a língua é viva e dinâmica.
Idioma: O idioma é uma língua própria de um povo. Está
relacionado com a existência de um Estado político, sendo utilizado para
identificar uma nação em relação às demais. Por exemplo, no Brasil, o idioma
oficial é o Português, comum à maioria dos falantes. Mesmo que existam
comunidades que utilizem outros idiomas, apenas a língua portuguesa recebe o
status de língua oficial. Existem países, como o Canadá, por exemplo, em que dois
idiomas são considerados como oficiais, nesse caso, o francês e o inglês.
Dialeto: O dialeto é a variedade de uma língua própria de
uma região ou território e está relacionado com as variações linguísticas
encontradas na fala de determinados grupos sociais. As variações linguísticas
podem ser compreendidas a partir da análise de três diferentes fenômenos:
exposição aos saberes convencionais (diferentes grupos sociais com maior ou
menor acesso à educação formal utilizam a língua de maneiras diferentes);
situação de uso (os falantes adequam-se linguisticamente às situações comunicacionais
de acordo com o nível de formalidade) e contexto sociocultural (gírias e
jargões podem dizer muito sobre grupos específicos formados por algum tipo de
“simbiose” cultural).
Fonte: Brasil Escola